Nome: Louro
Nome Científico: Laurus nobilis L.
Origem: Europa – Mediterrâneo
Uso paisagístico: Não é comum, mas pode ser utilizada como árvore de pequeno porte ou arbusto.
Flor: Sim, amarelas e bem discretas.
Fruto: Não são comestíveis. São pequenos e negros quando maduros.
Perfume: Sim, cheiro marcante do tempero.
Cultivo: Médio, muito suscetível a ataque de fungos. Pode ser em vasos, jardineiras ou canteiros.
Luminosidade: Sol Pleno.
Solo: Fértil e muito bem drenado.
Adubação: Pode ser feita mensalmente com NPK 10-10-10.
Velocidade de crescimento: Lenta.
Altura Máxima: No chão pode virar uma árvore de até 12 m. Em vasos, a altura fica limitada ao tamanho do vaso.
Propagação: Alporque ou sementes.
Rega: Moderada, observar sempre se a drenagem esta funcionando bem.
Clima: Se adapta melhor e subtropical de altitude.
Temperatura ideal: 10º – 18º.
Umidade ideal: 40% – 60%.
Toxidade: Não, pode ser consumido.
Ciclo de vida: Longo.
Dotada de propriedades medicinais e um sabor inconfundível , este tempero que carrega nobreza até em seu nome (nobilis = nobre em Latin) é presença certa na gastronomia brasileira.
Conhecendo o louro
Historicamente, o louro sempre foi associado as grandes vitórias e a nobreza. Inclusive, o nome Laurus quer dizer sucesso e nobilis significa nobreza em latim. Existem diversos relatos sobre o costume de usar coroas feitas de ramos de louro na Grécia e Roma antiga, eram utilizadas a fim de homenagear reis, príncipes e até atletas olímpicos.
Muitos anos depois, o cultivo do louro foi introduzido no Brasil pelos portugueses na época da colonização. Por aqui, a cultura se adaptou muito bem ao sul e sudeste do país, principalmente nas regiões de altitude entre 800 – 1000 metros.
Na culinária, as folhas de louro são largamente utilizadas com tempero, seja trituradas ou inteiras. No feijão então, é presença garantida. Geralmente são utilizadas inteiras e retiradas após o preparo antes do consumo, pois possuem uma textura bastante áspera, parecida com couro. Os frutos também podem ser secos, ralados e usados como especiaria.
Já no paisagismo, sua utilização não é tão difundida. Embora as flores não sejam ornamentais, o louro é uma planta muito bonita quando cultivada em vasos e podadas podem ser o destaque do seu jardim. Confira algumas fotos:
Como cultivar louro
O cultivo de louro exige alguns especiais, dependendo do clima da sua região. Entretanto, depois da muda pegar, tudo fica mais fácil. O mais importante é o planejamento, pois o pé de louro pode virar uma árvore de até 12 metros, um arbusto grande no solo ou um pequeno arbusto com formato redondo no vaso. Tudo depende de como você vai conduzi-lo, portanto é super importante primeiro definir seu objetivo e dimensionar o lugar certo.
A principal região produtora de louro no Brasil fica em São Roque – SP, uma região cercada por serras e montanhas que oferece as condições ideias para o cultivo. Então já percebemos que o clima ideal para planta é o subtropical de altitude. Mas isso não impede seu cultivo em outras regiões, é apenas uma referência importante, o quanto mais conseguirmos nos aproximar dessas condições, mais sucesso teremos no cultivo do louro.
Agora, vamos para as questões agrícolas, o louro precisa de pelo menos 4 horas de sol, estude bastante o local aonde vai planta-lo. Se for plantado no solo, no inicio vai precisar regar com certa periodicidade que vai diminuindo conforme a planta vai crescendo e a estação do ano, não esquece que no verão as plantas demandam mais água que no inverno. Após pegaram bem no solo, não há mais necessidade de rega. Já no vaso, as regas serão necessárias durante toda vida da planta.
Adubação pode ser feita com NPK 10-10-10 granulado ou com esterco bovino bem curtido. Uma maior quantidade na primavera/verão e menor no outono/inverno.
Pragas que atacam o louro
A principal praga que ataca o louro, na verdade, é um combinação de insetos e fungos que não dão paz a planta. Primeiramente o problema todo começa com o ataque de cochonilhas, que são insetos que sugam a seiva da planta e geram um subprodutos que algumas formigas utilizam como alimento. Por incrível que pareça essas formigas vivem em associação com as cochonilhas e as espalham cada vez mais pela planta. Não sendo bastante esse ataque sob a planta, a seiva que fica sobre as folhas e ramos depois que a cochonilha suga é a porta de entrada para um fungo popularmente conhecido como fumagina. Esse fungo é um pó preto que dá um aspecto horrível à planta. Ele prejudica a planta diminuindo a área de fotossíntese. O fungo também pode ocorrer sem o ataque das cochonilhas, principalmente no inverno se a planta estiver recebendo menos luz que o ideal.
Assim, após todos esse ataques, a planta que já vinha sofrendo com a perda de seiva, passa a ter seus principal processo fisiológico (fotossíntese) prejudicado é bem provável que ela venha a morrer. Mas não se preocupe, ainda dá tempo de salva-la.
A principal medida a ser tomada é cortar os ramos aonde o fungo esteja mais concentrado, desde que seja possível (lembrando sempre de descarta-los em local seguro para não contaminar outras plantas) . Se a planta estiver em um vaso, coloca-lo em um local mais ventilado e iluminado. O fungo pode ser tratado com fungicida natural ou químico e as cochonilhas com inseticida, afinal, as formigas, dependendo da espécie não são um problema para planta.
Aonde consigo mudas de louro?
Você pode comprar mudas com a planta em um tamanho mais adiantando. Geralmente as mudas de louro são vendidas com tamanho maior do que as demais hortaliças, já que costumam ter entre 30 cm – 50 cm além de um valor mais elevado. Plantar desde de semente exige bastante paciência. As mudas podem ser adquiridas em gardens center, chácaras de plantas ou produtores de flores em centrais de abastecimentos. Lembrando que é importante sempre comprar plantas em lugares de confiança, afinal, não queremos levar para casa pragas e doenças, ou até mesmo a espécie errada. Já as sementes, são vendidas em home certers, gardens certer e podem ser facilmente adquiridas pela internet.
Louro da flor?
O pé de louro dá pequenas flores amareladas junto as axilas das folhas, que depois viram frutos pequenos quase negros. Portanto, apesar de florescer as mesmas não tem muito valor ornamental. A beleza da planta fica pelo conjunto mesmo.
Quando devo regar?
Quando plantados em vasos, você pode regar diariamente no verão e com intervalos maiores no inverno. Lembrando sempre que o intervalo das regas depende de vários fatores, principalmente do tamanho do vaso e do tipo de mistura de terra utilizada. O ideal é fazer uma observação diária colocando o dedo dentro da terra e sentindo a umidade .
Quando são plantadas no solo, o pé de louro somente vai requerer regas nos primeiros meses. Depois que já estiver pego e crescido, não é mais necessário.
Como consigo fazer mudas de louro?
Você pode fazer mudas através de sementes, que podem ser compradas ou colhidas de plantas adultas, porém a melhor forma é através da técnica de alporque que gera uma muda de pequeno porte e pouca bastante tempo de cultivo.
Para realizar o alporque, primeiramente é preciso ter uma planta mãe bem desenvolvida, livre de doenças e pragas. Logo após, raspar um pequeno trecho da casca do galho, cobrir com esfagno úmido, adicionar hormônio enraizador, se possível, e enrolar com plástico as duas pontas. Pronto, agora é só esperar a natureza agir.
Quando devo podar?
Caso o pé de louro tenha alguma função paisagística, ou seja, além de render ótimas receitas ele também enfeite seu jardim, você pode dar uma forma específica a ele e realizar podas de manutenção periódicas para manter a forma. Se for plantado em vaso, é interessante não deixa-lo crescer muito, para que não fique desproporcional em relação ao tamanho do vaso. No entanto, caso ele seja utilizado exclusivamente para culinária, pode deixa-lo crescer livremente.
Como adubar?
Adubação pode ser feita com NPK 10-10-10 granulado ou com esterco bovino bem curtido. Maior quantidade na primavera/verão e menor no outono/inverno.
O que é isso cinza no caule do meu louro? é perigoso?
Pode ficar tranquilo, isso são líquens (fungos liquenizados), isto é, são seres vivos complexos formados a partir da associação de algas e fungos. Nesta associação a alga é responsável pela produção de alimento orgânico e realização da fotossíntese enquanto o fungo garante a proteção e um ambiente adequado para o desenvolvimento da alga.
São seres extremamente resistentes e podem se desenvolver em pedras, galhos vivos, troncos caídos no solo e diversas outras superfícies. A sua aparência é de uma cobertura meio emborrachada de diferentes cores com predominância para o verde acinzentado e coral que, em períodos secos, podem se esfarelar com toque.
Embora não sejam patógenos (causadores de doenças), a camada espessa sobre o tronco cria um ambiente adequado para agentes que apodrecem o galho, podendo levar o ramo a quebrar ou até a planta à morte. Então, como evitar o crescimento excessivo de líquens? Simples. Em primeiro lugar, mantenha as plantas sempre bem nutridas e viçosas. Posteriormente, faça podas regulares para aumentar a entrada de luz do sol e circulação de ar no meio dos ramos. Em ultimo caso, você pode realizar uma limpeza manual com uma escova áspera, tirando o excesso e logo em seguida aplicar CALDA BORDALESA (receita na seção praga e doenças)