Aroeira-mole – Schinus molle

Nome: Aroeira-salsa, Aroeira-mole, Aroeira-mansa
Nome Científico: Schinus molle
Origem: Brasil – América do Sul.
Uso paisagístico: Sim, arborização de pequeno porte.
Flor: Pequenas e discretas, são pendentes e levemente amareladas.
Fruto: Cachos repletos de sementes com 6 mm de diâmetros e coloração vermelho intensa.
Perfume: Sim, cheiro típico de aroeira.
Cultivo: Fácil, cultivada no chão como árvore.
Luminosidade: Sol Pleno.
Solo: Por ser nativa do Brasil, sem grandes exigências.
Adubação: Pode ser feita mensalmente com NPK 10-10-10.
Velocidade de crescimento: Moderado.
Altura Máxima: até 20 metros.
Propagação: Semente.
Rega: Moderada, observar sempre se a drenagem esta funcionando bem.
Clima: Subtropical, tropical, temperado. Tolera geadas.
Temperatura ideal: 30º.
Umidade ideal: 40% – 80%.
Toxidade: Sim, se ingerida.
Ciclo de vida: Longo.

Ramos e galhos pendentes que lembram muito o famoso salgueiro chorão (Salix babylonica), porém estamos falando de uma espécie que é genuinamente brasileira e é um verdadeiro deslumbre tropical.

Como cultivar

Primeiro é preciso dimensionar o local e estudar a insolação. Faça uma análise do espaço disponível aonde vai planta-la e imagine o tamanho final da copa desejada. A aroeira-mole é de pequeno porte e tolera bem podes de manutenção para manter a forma e tamanho. Quanto a insolação, aprecia locais de sol pleno, mas também tolera sombra parcial de árvores de porte maior.

O solo não necessita de grandes intervenções, por ser nativa do Brasil, já estamos em seu ambiente natural. Adicione apenas matéria orgânica no solo, adubo animal bem curtido ou composto orgânico. Lembrando também que ao contrário do salgueiro-chorão a aroeira-mole não tolera solos encharcados. Caso seja possível, fazer também a calagem, etapa do preparo do solo na qual se aplica calcário com o objetivo principal de corrigir o pH, elevar os teores de cálcio e magnésio entre outros.

No plantio das mudas, abrir as covas com no mínimo o dobro do tamanho do torrão, se for possível abrir uma cova maior melhor ainda, pois a descompactação do solo ajuda bastante no desenvolvimento das raízes.

Quanto à adubação, pode utilizar NPK 10-10-10 granulado, para uma liberação de nutrientes lenta e constante. Lembrando que a adubação deve ter intervalos maiores no outono/inverno.

Lembrando que é importante amarrar a muda recém plantada em um tutor e rega-la sempre que necessário, depois que estiver bem pega, não é mais necessário.

Podemos ganhar comissão para compras usando nossos links.

A aroeira-mole floresce?

Sim, floração ocorre entre os meses de agosto e novembro, são flores pequenas e pendentes de coloração levemente amarelada que ajudam ainda mais a árvore a se destacar do ponto de vista ornamental

Flor da árvore Aroeira-mole - Schinus molle - Projeto Jardinando

Como fazer se propaga a aroeira-mole?

Se propaga por sementes. A floração que ocorre de agosto e novembro sugem os frutos, que amadurecem logo em seguida, de dezembro a março. Eles ocorrem em cachos e quando maduros são de uma coloração vermelha intensa, dando um toque exótico único à árvore.

Semente da árvore aroeira-mole - Schinus molle - Projeto Jardinando

Posso plantas na minha calçada?

Do ponto de vista técnico sim, porém é preciso consultar a legislação da sua cidade. A raiz da aroeira-mole não é agressiva

Árvore aroeira-mole - Schinus molle

Um pouquinho de cultura e história sobre a aroeira-mole

Seu nome em guarani significa abundante cabeleira, em alusão à copa com ramos pendentes. Seu uso, na medicina indígena desse povo, é aplicado como como calmante para a dor de ouvidos e como cicatrizante, além de ser um ótimo anti-diarreico, um bom remédio para o tratamento de úlceras e aumentar o fluxo menstrual.

O conquistador, historiador e cronista Pedro Cieza de León escreveu, entre os anos de 1540 e 1550, sua Crónica del Perú, depois de ter recorrido esse país. Nela assinala assuntos como: geografia, etnografia, flora e fauna e, no capítulo 113, trata sobre a aroeira e seu aproveitamento pelos incas e quéchuas, que preparavam uma bebida alcoólica fermentada, similar a chicha, desde mil anos antes da Era Cristã. O historiógrafo espanhol também fala sobre os vinagres e melados feitos com os frutos e do xarope que eles produzem misturado com milho para fazer saborosos mingaus. Atualmente esses frutinhos vermelhos são misturados à pimenta do reino e vendidos como pimenta rosa; seu sabor é delicioso e não é picante, podendo ser usados para aromatizar peixes e decorar sorvetes.