Índice
1 – Principais gêneros de orquídeas
1.1 – Phalaenopsis
1.2 – Cattleya
1.3 – Oncidium
1.4 – Dendrobium
2 – Ferramentas e acessórios necessários
2.1 – Ferramentas essenciais
2.2 – Acessórios úteis
3 – Segredos sobre o local de cultivo
2.1 – Luminosidade certa
2.2 – Ventilação adequada
2.3 – Umidade perfeita
2.4 – Temperatura exata
4 – Vasos e substratos para orquídeas
4.1 – Melhores vasos para orquídea
4.2 – O que é substrato para orquídea
4.3 – Tipos de substrato
4.4 – Como montar a mistura perfeita
5 – Rega na medida certa
5.1 – Como regar suas orquídeas sem matá-las
6 – Adubação sem exagero
6.1 – Quais os nutrientes minha orquídea precisa
6.2 – Tipos de adubo
6.3 – Qual o melhor para minha orquídea
6.4 – Como adubar minha orquídea
7 – Floração
7.1 – A importância da temperatura na floração
7.2 – Por que a orquídea floresce?
7.3 – Existe algum adubo para minha orquídea florescer mais?
8 – Replantio
8.1 – Quando devo replantar minha orquídea
8.2 – Replantando minhas orquídeas
9 – Fisiologia vegetal
9.1 – Como as orquídeas absorvem nutrientes
9.2 – Como as orquídeas grudam nas superfícies
10 – Pragas e doenças
10.1 – Ferramentas sempre esterelizadas, limpas e afiadas
10.2 – Parasitas mais comuns (insetos)
10.3 – Identificando algumas doenças (fungos, bactérias e vírus)
10.4 – O grande vilão das orquídeas, os vírus
Capítulo 1
Principais gêneros de orquídeas
Olá jardineiros! Sejam muito bem vindos a mais uma incrível aula, hoje vamos mergulhar no incrível mundo das orquídeas. Nessa aula vamos aprender como cuidar dos 4 gêneros de orquídeas mais comercializados no Brasil. (Phalaenopsis, Cattleya, Oncidium e Dendrobium)
Os temas estão separados em capítulos para facilitar a compreensão, mas não deixe de ler nenhum, todos são igualmente importantes e fundamentais para você ser tornar um expert em orquídeas. Prontos para começar? Então vamos lá!
1.1 – Phalaenopsis
Também conhecida como orquídea borboleta, essa é provavelmente o gênero de orquídeas mais conhecido e comercializado no Brasil. Nativas da Ásia tropical, sobretudo Filipinas, essa fantástica orquídea possuí tantos híbridos que fica até difícil quantificar, mas estimam-se 75 espécies diferentes catalogadas. Com cachos de flores das mais variadas cores e durabilidade excepcional, não é por acaso que acaba sendo a porta de entrada para começar uma coleção. Confira aqui mais informações sobre a orquídea Phalaenopsis.
1.2 – Cattleya
Esse é um gênero de orquídea que emociona até o coração mais rústico. São orquídeas com flores grandes, vistosas e perfumadas, não tem como não gostar. Por serem muito populares, são amplamente comercializadas no Brasil. Nativas da América Central e do Sul, existem aproximadamente 118 espécies catalogadas na natureza e milhares de híbridos no comércio e nas coleções. Com um cultivo fácil e flores deslumbrantes e perfumadas, esse gênero é o queridinho dos colecionadores. Muitas exposições são dedicadas exclusivamente a elas.
1.3 – Oncidium
Algumas espécies desse gênero são conhecidas como chuva-de-ouro, essas belíssimas orquídeas apresentam cachos de flores douradas inconfundíveis. Entretanto, há espécies com flores marrons, verdes, alaranjadas, brancas, róseas e tigradas. Também são nativas das Américas Central e do Sul.
1.4 – Dendrobium
É um gênero bastante difundido no Brasil. Nativa do sudeste asiático, essa orquídea é formada por um grande número de espécies com flores das mais variadas cores. Com cachos vistosos e repletos de flores, o Dendrobium dificilmente passa desapercebido.
Capítulo 2
Ferramentas e acessórios necessários
Muito bem jardineiros, agora que vocês já conheceram as principais espécies de orquídeas comercializadas nas chacaras e gardens centers, vamos aprender um pouco sobre as ferramentas e acessórios que vamos precisar para cultivar nossas orquídeas em vasos ou no tronco das árvores. Quem sabe você goste tanto que comece uma coleção!
2.1 – Ferramentas essenciais
Ao contrário do que se imagina, você não vai precisar de uma caixa cheia de ferramentas para cuidar das suas orquídeas epífitas. Na verdade, você não vai precisar nem de uma pá de jardineiro, pois como vamos aprender mais para frente, essas orquídeas não são plantadas na terra. Você deve estar aí pensando, o que vou precisar então? Vamos descobrir agora!
TESOURA DE PODA
A ferramenta mais importante é um boa tesoura de poda, ela é essencial para fazer todos os processos de limpeza, poda, transplante. O sucesso do seu cultivo vai depender de um corte bem feito com ferramentas bem afiadas. Como as orquídeas não tem tronco lenhoso, a tessoura não precisa ser muito robustas, mas sim muito afiada. Vão ser utilizadas para cortar folhas mortas, raízes, hastes florais, e outras estruturas da planta.
ALICATE DE BICO MEIA CANA
Também pode ser substituído por qualquer outro tipo de alicate, mas esse é o que melhor se adequa as necessidades do cultivo de orquídeas. É utilizado toda vez que você precisar usar arame encapado, seja para cortar o arame ou fazer a amarração. O arame vai ser muito utilizado para amarrar suas orquídeas nas árvores ou nos vasos. Também é usado para amarra as hastes florais em tutores, assim como em várias outras situações.
2.2 – Acessórios úteis
ARAME ENCAPADO
É muito importante que o arame seja encapado para não machucar a orquídeas. Também pode ser substituído por barbante de nylon ou cisal. Vai ser utilizado principalmente para amarrar suas orquídeas na árvore ou prende-las no tutor.
TUTOR
O tutor pode ser improvisado de diversas formas. Desde palitos de madeira, como o da foto, até hastes de arame, como aquele que vem nas orquídeas que você compra. O importante é que o tipo de tutor utilizado seja capaz de suportar o peso e atender ao tamanho da haste floral da orquídea. Por exemplo, a haste floral do oncidium vai demandar um tutor bem menor que a haste de uma phalaenopsis.
Capítulo 3
Segredos sobre o local de cultivo de orquídeas
3.1 – luminosidade certa
Após conhecer um pouquinho dos principais gêneros de orquídeas, vamos começar a aprender sobre como cuidar dessas lindas plantas. Provavelmente a luminosidade seja o fator mais importante para você ter êxito no cultivo, é preciso achar um local com a quantidade de luz certa para você deixar sua orquídea.
Claro que enquanto ela esta com flor, você pode deixa-la em cima da mesa ou de algum móvel para decorar o ambiente, mas depois da floração, ela precisa de uma lugar para se desenvolver até a próxima floração. Então vamos lá! Vamos começar explicando um pouquinho de como elas vivem na natureza para tentar aproximar ao máximo dessas condições em casa.
As 4 orquídeas apresentadas no capítulo 1 são epífitas, ou seja, vivem nos ramos das árvores em florestas tropicais. Assim, podemos perceber que na natureza elas vivem em um ambiente:
- Muito úmido, pois as florestas tropicais apresentam uma umidade relativa do ar altíssima, sobretudo o sudeste asiático. Vamos estudar mais sobre esse tema no próximo capítulo.
- Bem ventilado, pois vivem no alto, nos galhos das árvores aonde a ventilação é melhor. Também vamos nos aprofundar mais a frente.
- Luz difusa, ou seja, a luz é filtrada pelos vários níveis de copa das árvores até chegar a orquídea. E é aqui que queremos chegar. A planta recebe uma parcela pequena da luz natural, pois a grande maioria incide na copa das árvores e não consegue entrar na floresta. Por isso falamos que a luminosidade ideal é luz difusa, ou sol indireto. O importante mesmo é que ela pegue claridade e não sol pleno.
Claro que você não precisa simular exatamente essas condições na sua casa, como na foto abaixo. Mas o quanto mais você se aproximar dela melhor para essas espécies de orquídeas tropicais epífitas.
Pois bem, então vamos lá! Você acabou de ganhar ou comprar um vaso de orquídea repleto de flores, logo que chega em casa vem a primeira questão: Aonde eu coloco? Pensando do ponto de vista fisiológico da planta o melhor lugar seria na varanda ou no seu jardim, mas de que adianta uma flor tão fantástica se ninguém pode vê-la? Então vamos aos melhores lugares dentro de casa, aonde suas visitas vão ficar chocadas com o beleza exótica dessa fantástica plantas.
A primeira opção é na mesa de centro da sala, se a mesma fica próximo a alguma janela e recebe bastante iluminação, a orquídea pode permanecer enfeitando a sala durante o período de floração. A segunda opção é na janela, principalmente alinhadas na soleira. Nesse caso devemos ficar atentos à quantidade de luz que a janela recebe, não pode ser muita para não queimar as folhas, lembrando que com a janela fechada o vidro potencializa o calor que não é bem-vindo. Especial atenção também para o vento, este além de derrubar os vasinhos pode provocar um ressecamento mais rápido do substrato.
A terceira opção são as sacadas e varandas, nesse caso devemos tomar as mesmas medidas anteriormente citadas e atentar também para quantidade de chuva e noites muito frias. O excesso de água, como vamos ver mais a frente, é a principal causa de morte das orquídeas e o frio extremo nunca é bem-vindo.
Passada a floração, observe como a planta se adaptou. Se a mesma continua com folhas e raízes bonitas e viçosas, muito bom. Você pode continuar mantendo sua orquídea no mesmo local. Mas se a orquídea aparentar estar definhando desde que chegou, então é melhor escolher um novo lugar.
Se você morar em casa com jardim, provavelmente o ar fresco de uma varando ou o abrigo da sombra de uma árvore é uma ótima opção para sua orquídea. Se você mora em sítio, melhor ainda, é possível criar uma estufa para cultivar suas orquídeas e quando florescer levar para enfeitar dentro de casa.
3.2 – Ventilação adequada
A ventilação, junto com os outros fatores climáticos, é fundamental para que a orquídea se desenvolva livre de pragas e doenças, principalmente das fúngicas. A ventilação é muito boa mas tem q ser na medida certa, pois ventos muito fortes podem derrubar os vasos, quebrar a haste florais e secar com mais rapidez o substrato.
Assim, já percebemos que o vento pode ser um aliado ou um vilão, mas vamos para parte prática. O local ideal é deve ser bem arejado, mas sem correntes de vento. Assim, se você mora em apartamento alto e quer cultivar orquídeas na sacada, fique muito atento com o vento. Já na varanda de uma casa, dificilmente o vento vai ser um problema.
Outra dica importante é distanciar um vaso de orquídea do outro, principalmente se você já tem uma grande coleção. Isso é ótimo para melhorar a ventilação e evitar que pragas e doenças passem de uma orquídea para outra.
No próximo capítulo você também vai aprender como compor um substrato bem aerado para melhorar a ventilação na raiz da sua orquídea. Lembre-se que na natureza essas orquídeas vivem na copa das árvores, com as raízes expostas ao vento.
3.3 – Umidade perfeita
Com suas origens tropicais, as orquídeas do capítulo 1 preservam seu gosto por uma atmosfera úmida. Dentro de casa, não é tão fácil manter essas condições, dependendo da região de gigante Brasil aonde você more. Mas vamos dar algumas dicas que podem ajudar você nessa missão.
A primeira opção, que é válida caso você já tenha vários exemplares, é utilizar um umidifcador elétrico que produz uma pequena bruma delicada e umidifica o ar.
Também é possível utilizar fontes de água decorativas próximo as orquídeas
Nessa mesma linha de pensamento, você pode utilizar pratinhas cheios de pedrisco ou argila expandida com água em baixo da orquídea.
3.4 – A temperatura exata
Em geral, as orquídeas tropicais gostam de viver em um ambiente a 25º, e não suportam temperaturas abaixo dos 10º.
Existem alguns sinais que podemos observar que indicam um ambiente muito quente. Quando as folhas começam a ficar amarelas ou pretas pode ser um sinal de queimadura pelo excesso de calor. Outro sinal é a ponta das folhas com coloração marrom e aparência de seca. Outro fator é a produção de folhas deformadas.
Já o frio, produz folhas escuras e molengas, além de deixar a planta extremamente suscetível ao ataque de fungos e bactérias.
Capítulo 4
Vasos e substratos para orquídeas
4.1 – Melhores vasos para orquídeas
Pode parecer besteira ou apenas um pequeno detalhe, mas o tipo de vaso que você escolher para sua orquídea vai ser ser decisivo no desenvolvimento dela.
Existem infinitos tipos de vasos para orquídea, fabricados com os mais variados materiais, cada um com suas vantagens e desvantagens. Nesse capítulo, vamos fazer uma análise dos principais tipos de vaso do ponto de vista fisiológico, ou seja, o qual melhor vaso para saúde da sua orquídea, já que gosto não se discute!
Primeiro, vamos levantar alguns conceitos básicos, que servem para todos os tipos de vaso.
Já aprendemos que as orquídeas epífitas são aéreas, então elas precisam de ar fresco circulando nas raízes, como ocorre na natureza. Por isso, o vaso nunca pode ser pequeno e apertado, uma vez que além das raízes crescerem, também precisam de uma boa ventilação. Mas por outro lado, o vaso também não pode ser muito grande, pois a raiz precisa absorver água. Para tanto, a raiz da orquídea precisa estar em contato com substrato utilizado. Nesse aspecto, o melhor a fazer é utilizar o bom senso e chegar a um tamanho de vaso compatível com o tamanho da orquídea.
Orquídeas epífitas gostam muito de umidade no ar, mas não gostam de substratos encharcados. Então o vaso precisa de uma drenagem muito eficiente. Os vasos de plástico possuem vários furos no fundo, o que é bom. Já os de cerâmica para orquídea, além de furos no fundo, possuem na lateral também, o que é ótimo. Nesse aspecto, o grande problema são os cachepots, independente do material (plastico, cimento queimado, vidro, porcelana, entre outros), se não tiver furo de drenagem dificulta bastante o cultivo de orquídeas.
Uma dica muito boa para manter sua orquídea florida dentro de um cachepot no rack da sala, por exemplo, é manter a orquídea plantada no vasinho de plástico (geralmente o transparente que vem quando compramos nossa orquídea) e coloca-lo dentro do cachepot desejado. Sempre que precisar realizar a rega, tira do cachepot leve até um lugar que possa molhar, promova a rega, espera escoar o excesso de água e depois volte com a orquídea para dentro de casa.
VASO DE CERÂMICA PARA ORQUÍDEA
Os vasos de cerâmica são sempre a melhor opção para orquídeas, principalmente se eles possuírem furos de drenagem nas laterais.
A cerâmica é um ótimo material por ser um excelente isolante térmico, ser permeável, ou seja, existe troca de ar, e ainda consegue absorver água. melhorando a umidade.
VASO DE PLÁSTICO TRANSPARENTE
As vantagens do vaso de plástico são o preço e seu peso. São muito fáceis de comprar e manusear. Quanto ao peso, é interessando na composição do substrato usar uma camada de pedra brita no fundo do vaso, para que ele não vire com o vento.
Os vasos de plástico transparente levam uma grande vantagem sob os demais, pois possibilitam que as raízes recebam luz e torna possível acompanharmos a saúde do sistema radicular sem precisar mexer na planta. Observando o substrato podemos ver se esta muito encharcado ou seco e ajustar as regas, além de visualizar praças e doenças no começo.
TRELIÇA DE MADEIRA
As treliças de madeira, assim como os vasos de cerâmica, são excelentes recipientes para orquídeas, pois é o que mais se aproximam das condições naturais das orquídeas epífitas. A treliça proporciona um grande ventilação nas raízes e uma drenagem perfeita, já que dificilmente vai acumular água. Importante lembras que esse tipo de recipiente vai demandar regas mais constantes e um substrato que segure mais umidade, como você vai aprender no próximo capítulo.
CACHEPOS EM GERAL
Os chachepos são muito bonitos, porém nem um pouco funcionais. Nesses casos a melhor opção é deixar a orquídea plantada no vaso de plástico mesmo e acomoda-lo dentro do cachepo para enfeitar a sua casa.
4.2 – O que é substrato para orquídea
Quando estamos nos referindo a substrato para orquídeas, estamos falando dos materiais que vão dentro do vasinho, que podem ser vários, desde carvão mineral até isopor. Não existe um substrato melhor ou um pior, cada um tem suas vantagens e desvantagens. Com o tempo, conforme você vai se tornando um expert no assunto, você vai criando sua própria mistura, aquela que faz mais sentido para sua forma de cultivar. Então, esqueça todas aquelas receitas mirabolantes, de proporções exatas que você vê na internet. Aqui vamos ensinar o que a phalaenopsis precisa e você vai fazer o substrato ideal por conta própria. OK? Então vamos lá!
4.3 – Tipos de substrato
CASCA DE PINUS
É o substrato mais usado no cultivo de orquídeas por ser o mais equilibrado.
- Aeração: Excelente
- Umidade: Média
- Adubação: Bom
Observações:
– Precisa ser deixado de molho e ir trocando sua água, até que fique cristalina, antes de utilizar. Possui tanino que é prejudicial para as raízes;
– Ao final do processo de limpeza da casca deixar de molho em água sanitária para matar fungos e bactérias, somente ai lavar e utilizar.
CHPIS DE FIBRA DE COCO
Também é muito comum no cultivo de orquídeas, pode ser usado puro.
- Aeração: Média
- Umidade: Alta
- Adubação: Regular
Observações:
– Precisam ter passado por processos de dessalinização e esterilização, pois suas fibras salinas podem necrosar as raízes. Adquirir produtos comercializados por empresas de confiança.
– Duração de 2 anos
– Secagem moderada, aumenta o intervalo entre as regas.
MUSGO ESFAGNO
Sempre é combinado com outros substratos. Excelente para aumentar umidade.
- Aeração: Baixa
- Umidade: Excelente
- Adubação: Regular
Observações:
– Estimula o enraizamento, muito utilizado em orquídeas novas.
– Sempre misturar com outro substrato para equilibrar umidade. Excesso da mesma apodrece as raízes .
– Secagem lenta, aumenta bastante o intervalo entre as regas.
– Utilizar somente produtos de origem certificada.
CARVÃO VEGETAL
Sim, é o carvão que você compra para fazer churrasco. Ótima dica para colocar nas orquídeas.
- Aeração: Alta
- Umidade: Baixa
- Adubação: Excelente
–Observações:
– Ótimo substrato para principalmente locais úmidos.
– Aerado o que facilita a drenagem da rega, indicado usá-lo com outro substrato que retenha água.
– Repelente para pragas como lesmas e um excelente bactericida natural.
– Duração de 2 anos. Com o tempo começa a ficar impregnado de sal das adubações.
4.4 – Como montar a mistura perfeita
Basicamente precisamos de 3 condições. A primeira condição é uma umidade constante na medida certa. O substrato não pode estar completamente seco e muito menos encharcado. A segunda condição é que tenha bastante espaço para arejar as raízes, lembrando que as raízes da phalaenopsis são aéreas, então a boa ventilação é essencial. A terceira condição são os nutrientes, matéria prima para os processos fisiológicos da planta.
Assim, já percebemos que com apenas um tipo de substrato vai ser muito difícil atender essas 3 condições. Portanto, o ideal vai ser misturar 2 ou mais substratos para simular condições perfeitas para sua orquídea. Na sequência, vamos falar das características de cada tipo de substrato e no final algumas sugestões para compor a mistura de substrato.
Capítulo 5
Rega na medida certa
5.1 – Como regar suas orquídeas sem mata-las
Em seu habitat natural, as orquídeas tropicais vivem em um ambiente com a umidade do ar muito alta. Entretanto, elas não ficam em contato direto com a água, e não chegam a ficar molhadas. Por isso é importante saber dessa condição para entender que no cultivo da orquídea em algum recipiente cheio de substrato, conforme aprendido no capítulo anterior, ele não pode ficar encharcado por muito tempo. Assim como a orquídea também não pode ficar molhada por muito tempo. O excesso de água através de um vaso com substrato sempre molhado fará as raízes apodrecerem, e logo em seguida a orquídea toda.
Na maioria das vezes, a rega é realizada 1 vez na semana nos meses mais frios e 2 vezes na semana nos meses mais quentes. Porém, essa periodicidade vai depender muito da composição do substrato utilizado, nunca se esquece disso. Leve em conta os ensinamentos aprendidos no capítulo anterior, no que se refere a umidade do substrato, para ajustar o espaçamento entre as regas.
Já a quantidade de água, pode ser algo próximo do volume do vaso. Clara que se o vaso for muito grande, não precisa despejar um caminhão pipa inteiro na coitadinha da orquídea. Regue com algo entorno de 300 ml a 500 ml de água.
Além da rega tradicional, você também pode borrifar a superfície do substrato e as folhas nos dias de calor intenso.
Lembre-se também que na natureza as orquídeas recebem água da chuva. Então, nada de usar água da piscina com cloro, evitar agua com calcário e com outras substâncias que possam prejudicar a planta.
Capítulo 6
Adubação
Adubar uma orquídea, de modo geral, parece ser uma tarefa bem simples. E de fato é, mas antes de realizar a tarefa é preciso aprender alguns conceitos básicos fundamentais para sua orquídea florescer. Essas dicas garantir uma planta viçosa e uma florada intensa. Confira.
6.1 – Quais nutrientes minha orquídea precisa
Antes de aprofundar mais no assunto, vamos entender os nutrientes que sua phalaenopsis precisa. Basicamente elas precisam de 13 diferentes nutrientes para manter uma vida totalmente saudável, porém 3 são os necessários em maior quantidade. São eles: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). Também denominados de macronutrientes.
Exatamente isso que você imaginou, essa que é a famosa formula do adubo mineral NPK.
Existem alguns adubos no mercado que, além dos macro nutrientes (NKP), também contém outros micro nutrientes essenciais. Na hora da compra, de preferência a esses adubos compostos, sobretudo se for específico para orquídeas e de um fabricante consagrado. Aí pode comprar com o pé nas costas, só não vai exagerar na dosa, siga as orientações do fabricante!
Veja a seguir um excelente adubo, bem completo, para orquídeas. Assim como esse, existem vários disponíveis no mercado. Sempre perca alguns minutinhos lento os rótulos e aprendendo sobre o adubo.
6.2 – Tipos de adubo
Existem apenas dois tipos de adubos, de acordo com a sua origem. Os adubos podem ser de origem orgânica. Como esterco, farinhas, bagaços, cascas e restos de vegetais, decompostos ou ainda em estágio de decomposição. Ou podem ser inorgânicos, de origem mineral, mais conhecidos como adubos químicos. Dentre eles, o mais famoso é o NPK.
6.3 – Qual o melhor adubo para minha orquídea
Não existe um adubo melhor, que seja milagroso, cada tipo de adubo tem suas vantagens. O adubo ideal vai depender muito do local que você cultiva suas orquídeas e do seu tempo disponível para se dedicar a elas.
Os adubos orgânicos dependem de organismos vivos como fungos e bactérias para processa-los e transforma-los em nutrientes para as plantas. Portanto, eles são um pouco mais lentos e vão muito melhor em locais úmidos e quentes, pois esses organismos que fazem a decomposição do material orgânico performam melhor nessas condições.
Já os adubos inorgânicos não dependem da ação de outros organismos vivos, eles já estão prontos para orquídea absorver. Logo, tem efeito mais rápidos.
Apesar dos adubos inorgânicos parecerem muito melhores, eles exigem um pouco mais de experiência para não exagerar na dose, pois a partir de uma determinada quantidade além do indicado , o adubo passa a ser prejudicial para as orquídeas. Já os adubos de origem orgânica, dificilmente você vai errar na quantidade e prejudicar a orquídea, a margem de erro é infinitamente maior.
Nos adubos minerais o ideal é ler no rótulo do produto e seguir as indicações do fabricante. Por isso, se você está començando agora no fantástico mundo das orquídeas, compre um adubo específico para orquídea, isso vai facilitar a sua vida, pois vem a indicação de dosagem para orquideas. Veja alguns exemplos abaixo. Caso compre um adubo de uso geral, virão indicações de dosagem para plantas de outras espécies.
ADUBO PARA ORQUÍDEAS LÍQUIDO PARA PRONTO USO
ADUBO PARA ORQUÍDEAS GRANULADO PARA DISSOLVER EM ÁGUA
Outro ponto muito Importante que você deve observar é que os adubos minerais (inorgânicos) podem ser granulado ou líquido, mais na frente vamos ver as vantagens de cada um. E mais importante ainda, os adubos líquidos podem ser para aplicação nas folhas (foliar)ou para aplicação no solo (raíz). Fique ligado no rótulo do produto para não errar na aplicação! Veja no exemplo abaixo a diferença.
ADUBO LÍQUIDO PARA APLICAR NA FOLHA
ADUBO LÍQUIDO PARA APLICAR NO SOLO
6.4 – Como adubar minhas orquídeas
Finalmente chegamos na hora da ação, agora vamos ver como adubar as orquídeas na prática.
Vamos começar pelos adubos orgânicos. Esses não são muito comuns no cultivo de orquídeas, exceto alguns específicos como o Bokashi (é um composto de diversos tipos de farelos vegetais enriquecido de farinhas animais), mas também podem ser utilizados. Esse tipo de adubo geralmente se apresenta na forma de uma farinha grossa. Deve ser colocado no substrato com cuidado evitando ao máximo o contato com as raízes. Se possível, espalhar sob toda superfície do substrato. Lembrando sempre para seguir as orientações de quantidade e periodicidade do fabricante do adubo.
Já os adubos minerais, vamos começar pelos granulados. O primeiro passo é ler o rótulo da embalagem para ver se ele é soluvel em água ou é aplicado na forma granulada mesmo. Se for para usar ele na forma granulada, é só proceder da mesma forma do adubo orgânico, espalhar sob o substratato da orquídea de maneira uniforme evitanto o contato com as raízes. Sempre seguindo as orientações de quantidade e regularidade do fabricante.
Agora, se for solúvel, primeiro verificar na embalagem do adubo se é para aplicar na folha (foliar) ou no solo (raíz). Se for foliar, você vai precisar de um pulverizador como o do foto abaixo para pulverizar o adubo em toda superfície da folha, inclusive na parte de baixo. Lembrando que é aconselhável evitar as horas mais quentes do dia e principalmente o vento, para não ter grandes perdas. Se o adubo for para raíz, então você vai precisar de um regador para molhar o substrato, evitando contato com a folha. Lembrando que em ambas hipóteses diluir muito bem o adubo na água antes de promover a pulverização ou a rega.
PULVERIZADOR
Já os adubos líquidos, são os mais fáceis de aplicar, principalmente os que já vem prontos e em pulverizadores, como o da foto abaixo. Se você esta começando no cultivo de orquídeas ou simplesmente não tem muito tempo para se dedicar, de preferência para esse tipo de adubo. Os líquidos concentrados basta você diluir na quantidade indicada pelo fabricante e promover a adubação.
ADUBO FOLIAR LÍQUIDO PRONTO PARA USO
Capítulo 7
Floração
7.1 – A importância da temperatura na floração
A temperatura amena é muito importante para a orquídea se desenvolver. Porém não é só isso, a temperatura está diretamente ligada ao florescimento das orquídeas. Na natureza a orquídea vive exposta as variações de temperatura das florestas tropicais. Assim, seus processos fisiológicos como a floração estão condicionados a esses fatores climáticos. Em outros palavras, a orquídea precisa de uma variação de temperatura de pelo menos 10º ao longo do dia para florescer. Essa condição é plenamente viável se você deixar sua orquídea na varanda ou na janela. Mas já não é comum se você deixa-la dentro de casa.
Portanto, fique ligado! Se a sua orquídea está saudável, porém não está florescendo, esse pode ser um dos fatores.
7.2 – Por que a orquídea floresce?
Infelizmente não existe um remédio mágico que você coloca na orquídea e ela floresce logo em seguida. O que leva a orquídea a florescer é um conjunto de fatores climáticos e fisiológicos, ou seja, a época do ano. Com o tempo você vai perceber que a sua orquídea vai florescer 1, 2 ou até 3 vezes por ano sempre nos mesmos meses, pois é o mês que os fatores climáticos, principalmente temperatura e fotoperiodismo, induzem a orquídea a florescer.
Nesse momento você deve estar pensando: Que diabos é fotoperiodismo?!?! Calma, vamos explicar. Fotoperiodismo são as variações do comprimento do dia, ou seja, duração da luz solar. No inverno os dias são mais curtos e as noites mais longas, já no verão é o contrário. Algumas orquídeas só florescem em determinada estação do ano, pois elas dependem da quantidade de luz daquela estação para florescer.
Por isso que não adianta você encher sua orquídea de adubo, principalmente aquele que vem escrito bem grande na embalagem floração, porque não vai funcionar. O que funciona de fato é o cuidado diário aplicando tudo que você está aprendendo aqui e principalmente paciência. Esse é o conceito chave para o sucesso no cultivo de orquídeas, paciência.
7.3 – Existe algum adubo para ela florescer mais?
Infelizmente nenhuma adubo é capaz de, por si só, fazer a orquídea florescer. Como foi explicado anteriormente, são um conjunto de fatores climáticos e fisiológicos que vão levar sua orquídea a florescer sempre em determinada estação do ano.
E aonde entra o papel do adubo? A orquídea precisa estar bem nutrida para florescer, do contrário ela não floresce, mesmo com as condições de temperatura e luz presentes. Nesse caso ela não vai ter energia suficiente para florescer, e uma tentativa mal sucedida poderá lhe custar a vida. Por isso, é tão importante você manter as orquídeas sempre adubadas e saudáveis.
Também é verdade que durante o processo de floração a orquídea tem necessidades nutricionais diferentes. Ela consome alguns macronutrientes em maior quantidade que outros, normalmente o fósforo (P). Por isso que você vê alguns adubos específicos para época da floração, como o exemplo abaixo:
Capítulo 8
Replantio e propagação
8.1 – Quando devo replantar minha orquídea
Todas as orquídeas citadas no capítulo 1 podem ser cultivadas no tronco de árvores, como ocorre na natureza, ou em vasos, que é o que estamos aprendendo várias dicas e nos tornando experts no assunto. Quando cultivada nas copas das árvores, as orquídeas não precisam ser replantadas, mas quando cultivadas em vaso, vai chegar uma hora que o vaso vai ficar pequeno, principalmente para aquelas de crescimento simpodial ( horizontal).
Basicamente, existem três grandes condições em que a orquídea precisa ser transplantada, são elas:
- Quando as raízes ocupam todo o volume do recipiente, e nota-se um crescimento exagerado de raízes para fora do vaso.
- Quando o substrato está tão desgastado que não deixa ar fresco chegar até as raízes
- Se a orquídea recebeu muita água e as raízes apresentam sinal de podridão ou outra doenças, principalmente causadas por fungos.
Se ocorreu alguma dessas condições com sua orquídea, ou você está sentindo que precisa trocar, então vamos aprender como se faz no próximo tópico.
Tente evitar ao máximo realizar replantios com a orquídea em plena floração, pois isso vai reduzir muito a duração da florada. Proceda somente se for muito necessário.
8.2 – Replantando minha orquídea
Se você vai replantar sua orquídea porque ela cresceu demais, então vai precisar de vasos maiores, pelo menos 5 cm maior. Mas se o motivo for doença ou substrato desgastado e a orqídea ainda esta em um tamanha compatível com o vaso, então você pode manter o mesmo. Mas lembre-se, proceda uma boa lavagem do recipiente com água sanitária para exterminar qualquer resquício de pragas e doenças.
Vamos ao que interessa. Primeiro passo, remova a orquídea com muito cuidado do recipiente velho e remova todos os restos de substratos grudados em suas raízes, para poder verifica-las com maior precisão. Se as raízes estiverem muito sujas, você pode lava-la com água corrente.
Segundo passo, Com uma ferramenta bem afiada e esterelizada, remova todas as raízes podres, machucadas e secas.
Terceiro passo, coloque um pouco de substrato novo no recipiente que receberá a orquídea e comece a acomoda-la com cuidado. Após vá preenchendo o restante do recipiente com substrato. Lembrando sempre que as orquídeas epífitas, conforme você aprendeu nos primeiros capítulos, tem raízes aéreas. Logo você precisa fazer uma composição de substrato equilibrada e deixar bastantes vãos para o ar circular com facilidade.
Outro detalhes muito importante. As orquídeas monopodiais (phalaenopsis) devem ser posicionadas no centro do vaso, já que seu crescimento é unicamente para o alto. Já as orquídeas simpodiais (Cattleya, Oncidium, Dendrobium) devem ser posicionadas devem ser plantadas próximo da borda do vaso, deixando mais espaço para os pseudobulbos crescerem, conforme foto abaixo:
Capítulo 9
Fisiologia vegetal
Aqui nós vamos compreender o funcionamento da natureza por trás da orquídeas. Você vai ficar expert em toda aquela área complicada da biologia que estudo os processos fisiológicos das orquídeas de um forma leva e fácil.
9.1 – Como as orquídeas absorvem nutrientes?
Provavelmente, uma das primeiras dúvidas que você teve quando foi adubar sua orquídea é: como será que ela absorve os nutrientes do adubo se não há terra no vaso? Essa é uma pergunta clássica e faz todo sentido, nesse capítulo vamos responde-la e ensina-lo a atingir outro patamar no cultiva das phalaesnopsis.
Primeiro de tudo, é importante conhecer os processos fisiológico da orquídeas, nesse caso das epífitas (orquídeas que vivem nas copas das árvores). Para tanto, vamos fazer uma breve reflexão sobre como vivem as mesmas em seu ambiente natural a milhares de anos. Como se adaptaram a um bioma (conjunto de ecosistemas) específico e dominaram seu ambiente.
Já sabemos que as orquídeas epífitas vivem em copa de árvores, mais especificamente nas bifurcações de galhos, pois ali é onde são depositados restos de matéria orgânica. São diversos elementos como a própria casca de árvore, folhas secas, sementes, frutos, insetos, fezes e resíduos da alimentação de animais maiores, principalmente aves. Tudo isso vai se depositando nas bifurcações e ranhuras dos galhos das árvores. Com o tempo, e a ação de bactérias e fungos , esse composto orgânico que será a fonte de nutrientes para as orquídeas.
Já a água é obtida principalemnte da umidade do ar. Não é coincidência a maioria das orquídeas terem origem em florestas tropicais. O ambiente sombreado por conta da densidade da copa das árvores maiores mais a umidade relativa do ar alta são o ambiente perfeito para as phalaenopsis.
Agora vamos avançar nas questões fisiológicas mais complexas, mas fique tranquilo é super fácil de compreender. As raízes da phalaenopsis é coberta por um tecido epidural esponjoso denominado velame. Esse tecido é extremamente fina e ajuda a planta a absorver água e nitrogênio do ar. Quando a orquídea está saudável o velame tem coloração prateada clara, isso é um excelente sinal de que sua phalaenopsis está ótima. repara tembém, que quando você realiza a rega ele fica mais esverdeado e após algumas horas volta para coloração original, isso também é normal. O velame cobre todo comprimento da raíz, exceto na ponta, que é verde ou vermelha, dependendo da espécie da orquídea.
9.2 – Como as orquídeas grudam nas superfícies?
Esta é uma pergunta intrigante, como as orquídeas conseguem grudar em diversas superficies. O velame, aquele tecido que envolve as raízes, produz uma viscosidade que permite que estas orquídeas se apeguem as mias variadas estruturas.
Capítulo 10
Pragas e doenças em orquídeas
Além da sua reputação de serem as flores mais belas encontradas na natureza, as orquídeas também são muito resistente a pragas e doenças. São pouquissimas pragas que conseguem acometer essas plantas e a grande maioria acaba se desenvolvendo e prosperando graças a alguns erros no cultivo e manejo.
Nesse capítulo vamos aprender como lidar com os principais parasitas, assim como fazer um manejo correto para esses doenças não alastrarem. Começando por um detalhe muito importante, porém que nunca é levado a sério, as ferramentas.
10.1 – Ferramentas sempre esterelizadas, limpas e afiadas
As ferramentas são um ponto essencial no controle de pragas. É super importante que você esterilize suas ferramentas sempre que use em alguma orquídea doente, isso vai evitar que a doença se espalhe para outros exemplares. A esterilização pode ser feita com alcool 70, geralmente na faca ou tesoura de poda utilizada.
Outro aspecto impostantissímo é utilizar sempre uma tesoura de poda extremamente afiada. Fazer um corte limpo, sem desfiar ou amassar o tecido vegetativo, é muito importante. Quanto mais bem feito o corte, menor as chances de ocorrer alguma contaminação no local.
10.2 – Parasitas mais comuns (insetos) em orquídeas
ÁCAROS
Ao contrário do pulgões, os ácaros não são visiveis a olho nu. Costumam ocorrer mais em interiores, principalmente aonde tem muito carpete ou tapete.
Sintomas:
Normalmente deixam manchas amareladas na folha no padrão da foto acima. Importante não confundir com mancha amarela causada por excesso de luz solar. A mancha do ácaro geralmente é mais no centro da folha e começa com bolinhas bem pequenas.
Solução:
Já existem inseticidas antiácaros para jardinagem amadora disponiveis nos Gardens Centers. Também é possível utilizar água com sabão bem diluído ou álcool isopropílico, passar com pano nas áreas afetadas. Somente não faça os dois processos ao mesmo tempo.
PULGÕES
São insetos bem pequenos que se instalam na planta e sugam sua seiva. Além de atrapalhar no crescimento vegetativo da orquídea, esses insetos indesejados são o vetores de doenças como os vírus, que são os verdadeiros vilões das orquídeas.
Sintomas:
São insetos bem pequenos que podem ser vistos sugando a seiva da planta. Existem diferentes espécies com diversas cores.
Solução:
Pode ser facilmente combatido com um inseticida para jardinagem amadora. Óleo de neem é uma excelente opção por ser natural.
COCHONILHA
As vezes nem se parecem com insetos, parecem mais uma manchinha branca. Mas não se enganem, esse também é um inseto sugador de seiva. Também podem estar associados com algumas espécies de formigas, mas estas estão interessadas somente no subproduto da alimentação das cochonilhas.
Sintomas:
Se você visualizou um farelinho branco igual o da foto na orquídea, fique esperto porque pode ser cochonilha, principalmente se houver formigas rondando a planta.
Solução:
Assim como os pulgões, pode ser facilmente combatidos com um inseticida para jardinagem amadora. Óleo de neem é uma excelente opção por ser natural.
COCHONILHA DE CARAPAÇA
Essas aqui são complicadas de combater, a carapaça impede que os inseticidas sejam eficientes. Se assemelham muito mais a uma casquinha de machucado que a um inseto.
Sintomas:
Pontinhos de coloração marron. Podem acometer todas as partes das plantas, gostam muito de ficar na bainha das folha velhas.
Solução:
Como os inseticidas são ineficientes, pois não conseguem passar pela carapaça. A melhor forma é usar uma solução de água e sabão de coco e fazer a limpeza manual com uma esponja macia. Você também pode submergir a planta na solução de sabão por 30 minutos. Isso irá matar os insetos asfixiados.
10.3 – Identificando algumas doenças (fungos, bactérias e vírus)
Entre todas as doenças e pragas que podem acometer suas orquídeas, aqui estão as mais perigosas, difíceis de identificar e combater. Inclusive, algumas doenças virais não tem cura, o mais indicado é descartar a planta para não contaminar as demais.
A maioria dessas doenças se desenvolvem quando as condições ideais, que você aprendeu durante esse curso, não estão presentes no local de cultivo das suas orquídeas. Um dos principais motivos para o desenvolviemnte de fungos e bactérias é a falta de ventilação e temperaturas inadequadas. Por isso que um local bem ventilado e uma rega sem excessos é fundamental para evitar muitos problemas futuros.
Vamos ver abaixo alguns padrões de mancha que vão nos ajudar a identificar o agente causador da doença e busca a melhor solução para resolver.
VIROSE
Causada por alguns vírus que infelizmente não tem cura.
PSEUDOMONAS
Causada por uma bactéria
FUSARIUM
Causada por um fungo
ERWINIA
Causada por uma bactéria
CERCÓSPORA
Causada por um fungo
ANTRACNOSE
Pode ser causada por fungos, vírus e bactérias
10.4 – Combatendo fungos e bactérias
A primeira coisa a se fazer é revisar todas as condições climáticas aprendidas no capítulo 3, veja se o ambiente da sua orquídea está bom, se verificar algum aspecto ruim de luminosidade, ventilação, umidade e temperatura, corrija o mais rápido possível.
Depois você pode utilizar algumas receitas caseiras que vamos ensinar para ajudar a combater os fungos e bactérias. Os vírus você vai aprender no próximo capítulo o que fazer. então vamos as receitas.
Mas lembre de não aplicar os remédio em dias muito quentes sob o sol e nunca aplicar mais de uma receita ao mesmo tempo.
CHÁ DE CAVALINHA
Cavalinha é uma planta medicinal muito conhecida, também fácil de encontrar em feiras livres e até supermercados na forma desidratada. Faça um chá com as folhas e borrife nas folhas das suas orquídeas, principalmente sobre as manchas. Isso vai ajudar a planta a combater a doença e com o tempo a mancha vai começar a diminuir.
LEITE DE MAGNÉSIA
Dilua uma colher de sopa de leite de magnésio em um litro de água. Depois borrife com uma frequência de duas vezes por semana. O leite de magnésio, por ser uma base, vai corrigir o ph ácido da folha que esta favorecendo o desenvolvimento dos fungos.
10.5 – O grande vilão das orquídeas, os vírus
Diferentes das outras pragas e doenças, os vítus não tem cura, por isso que são tão temidos entre os produtores e amantes de orquídea. São transmitidos, geralmente, por insetos comuns como pulgão e ácaros, porém podem ser transmitidos pelo contato direto entra as orquídeas ou ferramentas infectadas. A água também pode ser um vetor disseminação.
Apesar de ser muito difícil de identificar, os principais sintomas de vírus são cor verde desbotada com padrão de mosaico ou anel, manchas com aspecto de buraquinho negro ou manchas muito escuras. O diagnóstico realmente é muito complicado, mas a observação é o segredo. Se as características apresentadas começarem a alastrar rapidamente pela sua coleção é a hora de agir.
Separe as orquídeas que apresentarem os sintomas para não transmitirem para as outras. Se for tarde demais, descarte sua orquídea junto com substrato em um lugar seguro e se for reutilizar o vaso, proceder com uma boa esterilização com agua sanitária.
E o mais importante, pode ficar tranquilo e manipular suas orquídeas sem luva ou proteção porque esses vírus são inofencivos para o ser humano
Glosário
EPÍFITAS
As plantas epífitas são as espécies que se desenvolvem sobre outras plantas sem lhes causar nenhum prejuízo. Por exemplo: São orquídeas, bromélias, samambaias e diversas outras plantas que crescem na copa das árvores sem que ocorra parasitismo. O termo epifita significa: epi = em cima; fito = planta.
HÍBRIDO
Um híbrido é o resultado da fertilização de uma flor com o pólen de outra flor dentro da mesma família botânica. Os híbridos podem ocorrer naturalmente, pela ação polinizadora dos insetos, ou pela ação dos humanos cruzando diferentes espécies ou gêneros, mas sempre na mesma família botânica.
FOTOPERIODISMO
São as variações do comprimento do dia, ou seja, duração da luz solar. Algumas orquídeas só florescem em determinada estação do ano, pois elas dependem de fatores relacionados com a luz e o escuro para florescerem.
ORQUÍDEAS DE CRESCIMENTO SIMPODIAL
Esse tipo de orquídea produz um rizoma, que é uma haste horizontal, que emite várias outras hastes e vão aumentando o tamanho da orquídea no sentido horizontal. Na prática é como ele lastrasse em uma direção pela supercície do substrato. Em algumas espécies, como a Cattleya e o Oncidium, esse rizoma se torna um pseudobulbo, que servem como reserva de energia para o crescimento vegetativo futuro da orquídea.
ORQUÍDEAS DE CRESCIMENTO MONOPODIAL
Esse tipo de orquídea desenvolve-se em uma haste central que cresce no sentido vertical para o alto. Esse crescimento é constante enquanto que a planta vai produzindo folhas em ambos os lados de forma alternada. Como exemplo, temos a Phalaenopsis.